terça-feira, 31 de janeiro de 2023

CANNABIS - OS DEBATES ENTRE AS CLASSES SOCIAIS E COMUNIDADE CIENTIFICA



No Brasil, o debate sobre o uso da cannabis é polarizado e envolve diferentes visões entre a comunidade científica, a sociedade e as classes sociais.

Por um lado, a comunidade científica aponta para os potenciais benefícios da cannabis no tratamento de diversas doenças, como dores crônicas, náuseas e vômitos, transtornos mentais e convulsões. Além disso, destacam-se as evidências de que o uso medicinal da cannabis é seguro e eficaz quando adequadamente regulamentado.

Por outro lado, muitas classes sociais ainda enfrentam preconceito e desinformação quanto aos efeitos e ao uso da cannabis, associando-a à criminalidade e ao consumo recreacional. Esta percepção é perpetuada por campanhas de "guerra às drogas" que criminalizam o uso e a posse da cannabis.

A sociedade também enfrenta debates acerca da legalização da cannabis para fins medicinais e recreativos, e há divergências quanto aos possíveis impactos sociais e econômicos da legalização. Alguns argumentam que a legalização aumentaria o acesso aos tratamentos medicinais e reduziria a criminalidade, enquanto outros argumentam que a legalização aumentaria o consumo e os problemas sociais.

Por fim, o debate sobre o uso da cannabis no Brasil é complexo e envolve questões científicas, sociais, éticas e legais. Ainda é necessário mais diálogo e pesquisa para chegar a uma solução equilibrada e informada que contemple os interesses de todas as partes envolvidas.

O USO MEDICINAL DA CANNABIS E SEUS PRINCIPAIS COMPONENTES ATIVOS

 

A cannabis é uma planta com propriedades medicinais amplamente estudadas e utilizadas na medicina popular. Os principais componentes responsáveis por seus efeitos terapêuticos são o delta-9-tetraidrocanabinol (THC) e o cannabidiol (CBD).

Estrutura THC

O THC é o principal componente psicoativo da cannabis, responsável pelos efeitos de alteração da consciência e da percepção. Além disso, têm propriedades analgésicas, antieméticas e antipsicóticas, tornando-o útil no tratamento de dores crônicas, náuseas e vômitos, bem como em transtornos mentais como a esquizofrenia.

Já o CBD é um componente não psicoativo, com propriedades anti-inflamatórias, anticonvulsivas e ansiolíticas. É utilizado no tratamento de doenças como a epilepsia, artrite reumatoide e ansiedade.


Além destes componentes, a cannabis contém outros canabinóides e terpenos que também têm potencial medicinal, como o cannabigerol (CBG) e o cannabichromeno (CBC).



Em resumo, o uso da cannabis na medicina popular tem se mostrado eficaz no tratamento de uma ampla gama de doenças, devido aos seus componentes ativos THC e CBD, bem como outros canabinóides e terpenos. No entanto, é importante destacar que o uso terapêutico da cannabis ainda precisa ser mais amplamente estudado e regulamentado.


Química Pura


sábado, 21 de janeiro de 2023

TRATAMENTO DE ÁGUA


Como a Água é Tratada?


O tratamento da água pode atender a vários requisitos:

Saneamento - remoção de bactérias, protozoários, vírus e outros microrganismos, substâncias nocivas, redução do excesso de impurezas e altas concentrações de compostos orgânicos;

Estética - correção de cor, paladar e olfato;

Econômico - reduz a corrosividade, cor, turbidez, ferro e manganês.

Os serviços de tratamento de água devem sempre fornecer água saudável e de boa qualidade. Assim, a sua adoção e tratamento só devem ser efetuados quando for demonstrada a sua necessidade, devendo, sempre que forem aplicados, incluir apenas os processos necessários à obtenção da qualidade de água pretendida.

A necessidade de tratamento e o processo requerido devem então ser determinados com base nos exames de saúde e nos resultados das análises (físico-químicas e bacteriológicas) representativas da fonte a ser utilizada como fonte de abastecimento.

Para fins didáticos, ilustramos aqui as etapas utilizadas em uma estação de tratamento de água (ETA) do tipo convencional, que contém todas as etapas necessárias para um tratamento completo.

Dependendo da qualidade da água a ser tratada, algumas dessas etapas podem não ser necessárias para purificar adequadamente a água a ser dispensada. Hoje, a própria Caesb utiliza diversos tratamentos, dependendo das características da água a ser tratada, desde o tratamento completo (tradicional ETA) até tratamentos mais simples com apenas cloração e fluoração.

O tratamento mais utilizado envolve as seguintes etapas:

1. Coagulação e Floculação

Aqui as impurezas que se encontram na água são agrupadas pela ação de um coagulante, formando flocos que possam ser removidas pela decantação. Os reagentes utilizados neste processo, denominados de coagulantes, normalmente são o Sulfato de Alumínio e o Cloreto Férrico.

Durante esta etapa, também pode ser necessário um reagente alcalino (cal apagada ou viva) para fazer as correções de pH necessárias para melhorar o desempenho do coagulante.

Na coagulação, ocorre o fenômeno de agregação das impurezas presentes na água, enquanto na floculação são efetivamente produzidos flocos.

2. Decantação

Os flocos formados são separados da água pela ação da gravidade, feito em tanques normalmente de formato retangular.

3. Filtração

A água derramada é enviada para a unidade de filtração onde ocorre o processo de filtração. Os filtros consistem em uma ou mais camadas de meios porosos granulares, geralmente areia, instalados sobre o sistema de drenagem para reter e remover as impurezas ainda presentes na água.

4. Desinfecção

Para desinfetar o abastecimento de água, são utilizados agentes físicos ou químicos (desinfetantes), cujo objetivo é destruir microrganismos patogênicos que podem transmitir doenças por meio deles.

Os seguintes desinfetantes são comumente usados ​​no abastecimento público, em ordem de frequência de uso: cloro, ozônio, luz ultravioleta e íons de prata.

As companhias de abastecimento utiliza como desinfetante o cloro na forma gasosa, que é adicionado à água por meio de equipamentos que podem controlar sistematicamente sua aplicação.

5. Fluoretação

A fluoretação da água de abastecimento público é realizada com flúor. A aplicação desses compostos no abastecimento público de água pode ajudar a reduzir a incidência de cárie dentária em até 60% se as crianças receberem íons de flúor adequados desde o nascimento.



A QUÍMICA POR TRÁS DOS PROTETORES SOLARES: PROTEGENDO A PELE DOS DANOS UV

O verão é um convite para aproveitar os raios solares e se divertir ao ar livre. No entanto, enquanto desfrutamos do sol, é crucial lembrar ...